segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Party Time...

Esse ano foi tão intenso que nem tempo pra mudar meus avatares pela imagem do Grinch-Ruivo eu tive. 
Foi um ano incrível, como à muito eu não tinha. Um bom bocado de amigos novos (sem exagero), aproveitamento de 100% em tudo que tentei academicamente, tranquilidade rara nos meus 03 empregos e meio, muita diversão e muito cansaço também.

Com a greve da dona UnB terei só alguns dias sem a intensidade da vida na BR153, mas esse já era o plano mesmo. Queria que as minhas milhas nessa BR pudessem ser convertidas em milhas pra alguma companhia aerea, assim já garantia mais meia dúzia de congressos por esse mundo à fora. Mas enquanto a conversão não é possível o jeito é correr atrás de mais trabalhos pra financiar todo o resto.

Li hoje em um blog que "...joguei fora tudo de data de validade vencida – comida, sapatos, pessoas, cotidianos" e me dei conta que, ao fazer esse processo em 2011 e 2012, uma espécie de âncora kármica saiu da minha vida. Tudo flui melhor quando a energia é leve, é boa, é recíproca, mesmo estando a quinzilhões de quilômetros.

Então obrigada deus, nossa senhora do cartão de crédito, nossa senhora da vaga de estacionamento, nossa senhora da cappes e nossa senhora da tese. Todos vocês foram muito importantes nesse ano. Inclusive, se aceitarem mais uma encomenda, batam o papo aí com Santo Antônio e a Nossa senhora do desencalhe pra ver se eles escutam as preces da galera esse ano e, como diria minha amiga Ceiça: "que deus te dê um bom marido!". Ah, e muito obrigada a ação conjunta do meu anjo da guarda e São cristovão pelos mais de 17 mil km rodados sem nenhum arranhão ou pneu furado.

e que venha 2013! 




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domingo, 11 de novembro de 2012

uma ode ao nada



Sabe quando você tem vontade de escrever sobre uma coisa que não aconteceu? E que mesmo não tendo acontecido a tal coisa-possível, mesmo distante, te soa tão próxima e tão factível que até parece que aconteceu? Então, eu ando assim... 

Fico querendo concordar com a “torcida do flamengo” que vê nesse “quase” um Q de destino, de conspiração do universo. Afinal 02 encontros não planejados, à milhares de km um do outro e em meio a centenas de pessoas tinha tudo para ser meio mágico, meio kármico. Pena que o timing não foi perfeito, mas mesmo com todo meu realismo fantástico eu ainda tenho a sensação de que foi alguma coisa.

Agora é cruzar os dedos para que essa sensação, se não for de fato o que minha mente tortuosa me diz, seja ao menos sinal de algo muito bom que está por vir.

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sexta-feira, 19 de outubro de 2012

come back


À dias venho adiando a vontade de escrever aqui. Ainda não passou por completo a sensação de estar sendo vigiada por gente chata, mas um velho amigo me convenceu que não escrever seria como deixar de sair de casa porque há ladrões a solta.

Não que eu tenha algo fenomenal pra dizer, mas esse lugar inerte, sem movimento não se parece mais comigo. Então tentemos voltar a ativa, mas com um instinto de auto-preservação mais aguçado.

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quarta-feira, 18 de julho de 2012

bem-quereres


Hoje eu acordei cheia dos “quereres”. Dos bons e dos ruins.

Acordei querendo estar onde eu não estou, querendo ir num piscar de olhos onde a saudade mandar, onde os amigos queridos chamarem. Não sou de ter inimigos, só coloco na caixinha dos esquecidos uma meia dúzia e queria muito que todos encontrassem o amor da sua vida e que ele/ela fosse lindo, rico e norueguês (ou escandinavo) e os levasse pra lá.

Acordei querendo decidir minha vida sem ter que me preocupar com o salário que preciso pra sustentá-la. Querendo que meus sonhos se realizem e, embora nem sempre pareça, meus sonhos são bobos, frágeis e realisáveis.

Não sei se vou, se fico ou se me jogo.
Só sei que por aqui não tenha mais espaço.

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segunda-feira, 11 de junho de 2012

achei tão lindinha

essa música.
orações assim parecem ir mais longe



I al-most ga-ve up but a 
power that I can't explain
Fell from heaven, like a shower now.
(When I think how much better I'm gonna be when this is over)


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domingo, 10 de junho de 2012

mergulhe...




Wetsuit

If at some point we all succumb
For goodness sake let us be young
Cuz time gets harder to outrun
And I'm nobody, I'm not done
With a cool cool breeze and dirty knees
I rest on childhood memories
We all got old at breakneck speed
Slow it down, go easy on me
Go easy on me

Put a wetsuit on, come on, come on
Grow your hair out long, come on, come
Put a t-shirt on
Do me wrong, do me wrong, do me wrong

If it's up and after you
What do you suppose that you would do?
You're all whacked out from lack of sleep
You blame it on the friends you keep
You want to do things differently
And do them independently
We all got old at breakneck speed
Slow it down, go easy on me
Go easy on me

Put a wetsuit on, come on, come on
Grow your hair out long, come on, come
Put a t-shirt on
Do me wrong, do me wrong, do me wrong
Put a wetsuit on, come on, come on
Grow your hair out long, come on, come
Put a t-shirt on
Do me wrong, do me wrong, do me wrong

Does holy water make you pure?
Submerged your vision's just obscured
You're a lot like me
In up to our knees
In over your chest is way too deep

Put a wetsuit on, come on, come on
Grow your hair out long, come on, come
Put a t-shirt on
Do me wrong, do me wrong, do me wrong
Put a wetsuit on, come on, come on
Grow your hair out long, come on, come
Put a t-shirt on
Do me wrong, do me wrong, do me wrong

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quarta-feira, 6 de junho de 2012

Texto aleatório de uma mente sem rancores...



Eu gosto de escrever, gosto de escrever o que sinto, gosto de manter por perto quem eu gosto e esse “quem eu gosto” nunca será uma conta fechada. Geralmente eu amplio o número de pessoas que eu gosto, dificilmente alguém migra de um grupo pro outro dentro dos meus afetos. Acontece que ultimamente eu ando me entristecendo com o comportamento de gente que “mudou de caixinha”

Poxa, todo mundo tem o direito de não gostar mais de ser meu amigo, da minha companhia, pode parar de achar graça das minhas bobagens. Isso é saudável, tudo tem um prazo de validade e fidelidade, aquela lealdade de filmes sobre amizade, não é prerrogativa de todos, só dos eternos (e esse eu tenho um tanto bom, viu?). Agora o que não pode é o dedo na ferida, a implicância gratuita, a piada velada. Isso eu reservo pros que desde sempre ficaram na caixinha do “não gosto, logo não existe”. Se a criatura não te quer por perto, também não fale de você, não tente envenenar relações. Assim, além de te mudar de caixinha, você me obriga a alimentar um misto de rancor e pena que eu não quero que cresça. Só que sentimento ruim é igual musgo, poucas gotas e muita umidade são suficientes para que ele se alastre. Não queira isso de mim.

E eu tenho um puta anjo da guarda, isso é público e notório, além de histórico. Por mais que me taxem disso e daquilo, eu sempre tenho gente nova na minha vida que refresca minhas certezas mesmo que abalando as danadas vez por outra. Coloquei isso no face outro dia e ganhou altos níveis de popularidade:
 ”tem gente que requenta amigo perdido, eu faço novos e requento os eternos

E em conta que cresce exponencialmente, o erro não pode estar comigo. E se estiver, me deixe aqui quietinha errando com as minhas bobagens e vá cuidar da sua vidinha, dos seus problemas, dos seus amigos... esses últimos a gente pode até dividir, não exijo nada além de respeito. Só, assim simplinho mesmo.

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sábado, 26 de maio de 2012

E passou...

Hoje fazem 2 semanas que o turbilhão passou.
Minha avó se foi em pleno dia das mães.
Eu poderia falar dela ou de como todo o sofrimento dela acabou, mas mesmo 2 semanas depois, só consigo pensar em quão estranho foi ver meu pai estremecer.
Tão frágil, tão trêmulo que só conseguia perguntar onde a minha mãe estava depois que o telefone tocou com a notícia.
As vezes a gente subestima a importância que uma mãe tem, ou um pai. Esse deve ser um momento que ninguém gosta de lembrar, de sentir, de viver.
Foi estranho, foi difícil, mas aos poucos as coisas vão voltando pro seu lugar.


Desmanchamos o quarto dela e trouxemos as coisas do meu escritório pra cá.
As coisas dela ainda estão aos poucos sendo separadas: o que vai, o que fica, o que não serve pra ninguém.
A ficha cai aos pouquinhos, uma coisa de cada vez, cada tempo a seu tempo.


Como diria Guimarães Rosa, dona avó ficou encantada. "Porque a gente não morre, fica encantado!"
A morte, talvez o maior sentido de nossa vida, é mestra e niveladora das coisas reais e importantes para todos nós. O idoso, por sua proximidade, tem o privilégio e a oportunidade de aprender e nos ensinar os verdadeiros sentidos de nossas vidas!



“Já não preciso de rir.
Os dedos longos do medo
largaram minha fronte.
E as vagas do sofrimento me arrastaram
para o centro do remoinho da grande força,
que agora flui, feroz, dentro e fora de mim…
Já não tenho medo de escalar os cimos
onde o ar limpo e fino pesa para fora,
e nem deixar escorrer a força de dos meus músculos,
e deitar-me na lama, o pensamento opiado…
Deixo que o inevitável dance, ao meu redor,
a dança das espadas de todos os momentos.
e deveria rir , se me retasse o riso,
das tormentas que poupam as furnas da minha alma,
dos desastres que erraram o alvo do meu corpo…”
João Guimarães Rosa

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sábado, 12 de maio de 2012

glee...

... pra passar a dor de cabeça hoje, resolvi assistir glee.
e foi muito engraçado ver um irmão cantando pro outro essa música.
não vou dizer que não pensei exatamente nessa coisa (uma coisa de sis-to-sis) com essa música.

mas como a letras diz...
"somebody that I used to know..."



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domingo, 6 de maio de 2012

sr. principe encantado,

se o senhor foi ao bananada, peço desculpas pelo bolo.
definitivamente não tenho energias pra me montar e ir bananar

grata pela compreensão,
nos vemos em breve

att
me

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quinta-feira, 3 de maio de 2012

o tal "doutor"...



escrito durante uma aula do doutorado, me deparando com a discrepância geral da imagem que eu tinha do que deveria ser um doutor e a realidade que me inclui...

Quando eu era criança e planejava a minha vida acadêmica (sim, eu fazia isso e sim, tá tudo dentro do cronograma) eu imaginava um doutor idealizado. Inteligente, culto, falando e lendo várias línguas, com idéias inovadoras, esse doutor da minha imaginação pueril assustadoramente não tem muito de mim nesse momento doutoranda.

De novo te confrontam com a sua mediocridade e com o fato de que essa "coosa"  doutor-cientista non-excziste. E é muito triste, pq eu fico aqui colocando na balança concurso-doutorado no exterior; congressos - roupas novas; livro- cabeleireiro. Parece que, pra ser a doutora que eu sempre quis, eu preciso de muito mais tempo e o mesmo dinheiro, de preferência mais dinheiro também.

Frustrante...

Quero antes dos 40 ter morado "no estrangeiro", escrito um livro e feito as unhas toda semana por mais de 6 meses seguidos.

Fico na dúvida se a pergunta é ”será que consigo?” ou ”será que preciso?”
difícil, né?

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quarta-feira, 4 de abril de 2012

aula sobre como as coisas funcionam aqui...

então,
não sei se quem lê isso sabe, mas eu tenho acesso ao seu endereço de ip toda vez que vc entra aqui pra tentar ver o que você perdeu do filme, saca? Então é meio estranho tentar stalkear minha vida por aqui porque o princípio de ser stalkear é fazer sem que a vítima saiba (e eu digo isso pq sou mto boa nessa função)

Eu ia deixar quieto, continuar no meu processo de me tornar uma pessoa melhor e tals, mas é sempre bom lembrar que quer vocês aceitem isso ou não, de boba eu não tenho nada. Infelizmente essas visitas constantes me desanimam de escrever aqui, me sinto invadida, é como se entrassem na minha casa sem convite.
então, amores, podem continuar passando que não vou dar munição pra intriga alheia.

pior que sentir raiva é sentir pena.
mto triste, muito mesmo.

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domingo, 1 de abril de 2012

eu ia...

... ia escrever um texto enorme aqui sobre como as coisas estão acontecendo, mas dessa vez resolvi guardar só pra mim.
quem sabe volto pra contar depois que o turbilhão passar.
ou não


sexta-feira, 30 de março de 2012

Lenine...

quando você achava que não tinha como ficar melhor, Sr Lenine me muda os arranjos dos clássicos e deixa melhor ainda...

lembrei de um joguitio do facetruque de uns tempos atrás.


Minha vida com Lenine

Usando nomes de músicas apenas de um artista ou grupo, tente habilmente responder a essas perguntas.
Passe para 15 pessoas que você gosta e me inclua (presumindo que eu sou alguém que você gosta).
Você não pode usar a banda que eu usei. Tente não repetir um título da canção.

É muito mais difícil do que você imagina!
Reposta como "minha vida de acordo com (nome da banda)"
Siga estas simples instruções: Vá em "notas" em sua página de perfil, cole as instruções no corpo da nota, escreva o seu título como "Minha vida de acordo com (nome da banda)", apague as minhas músicas e introduza as suas respostas, tag 15 pessoas, incluindo eu (marcação é feita abaixo da caixa de corpo), em seguida, clique em Publicar.



Você é um homem ou mulher?
Todas Elas juntas Num Só Ser

Descreva-se:
Girassol Da Caverna

Como você se sente?
Qui Nem Jiló

Descreva o local onde você vive atualmente?
Sonhei Que Estava Em Pernambuco

Se você pudesse ir a qualquer lugar, aonde você iria?
Lá e Cá

Sua forma de transporte preferida?
Wave

Seu melhor amigo?
Eu Sou Meu Guia

Você e seus amigos. Como são?
Continuação

Qual é o clima?
Aquilo Que Dá No Coração

Se sua vida fosse um programa de TV, como seria chamado?
A Vida Do Viajante

O que é a vida para você?
Ninguém Faz Idéia

Seu relacionamento:
Excesso exceto

Seu medo?
O Homem dos Olhos de Raio X

Qual é o melhor conselho que você tem a dar?
Do It

Pensamento do Dia?
Eu Acho Pouco

Seu lema?
As Voltas Que o Mundo Dá

Hora do dia favorita?
O Último Pôr-do-sol


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não dá pra deixar claro o quanto eu gosto do Lenine e como tudo que eu ouço dele faz completo sentido.




Pq eu envergo, mas não quebro
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sábado, 10 de março de 2012

Sabe aquela?

... aquela sensação boa e estranha quando se para na frente do outro por um milésimo de segundo querendo que não acabe?

... aquela felicidadezinha de ouvir/ler um 'puta que pariu que saudade de você"?

... aquela coceirinha que dá de manhã e você não pensa em outra cois apor mais que queira?

.... aquela deliciosa sensação de descobrir que os pensamentos se sincornizaram de novo?

.... ela vem junto com aquela outra. Aquela saudadezinha de sentir tudo isso de novo.
Ou pela primeira vez


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segunda-feira, 5 de março de 2012

e que comecem os jogos...

... doutorado começando essa semana.
só pelas breves pesquisas que fiz já vi que vai ser pauleira.
agora me conta, pq essa onda de congressos na África do Sul e na Turquia?
assim meu bolso sem bolsa não dá conta.


sei que vou entrar em surto/estafa muito em breve e o primeiro que sofre é o blog.
mas fazer o que, vou viver a vida lá fora que é o melhor que eu faço

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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

^_^




Never know how much I love you
Never know how much I care
When you put your arms around me
I get a fever that's so hard to bear

You give me fever when you kiss me
Fever when you hold me tight
Fever in the morning
Fever all through the night.

Sun lights up the daytime
Moon lights up the night
I light up when you call my name
And you know I'm gonna treat you right

You give me fever when you kiss me
Fever when you hold me tight
Fever in the morning
Fever all through the night

Ev'rybody's got the fever
that is something you all know
Fever isn't such a new thing
Fever started long ago

Romeo loved Juliet
Juliet she felt the same
When he put his arms around her
He said 'Julie, baby, you're my flame
Thou giv-est fever when we kisseth
Fever with the flaming youth
Fever I'm on fire
Fever yea I burn for sooth'

Captain Smith and Pocahantas
Had a very mad affair
When her daddy tried to kill him
She said 'Daddy, o, don't you dare
He gives me fever with his kisses
Fever when he holds me tight
Fever, I'm his misses,
Oh daddy, won't you treat him right'

Now you've listened to my story
Here's the point that I have made
Cats were born to give chicks fever
Be it Fahrenheit or centigrade

We give you fever when we kiss you
Fever if you live and learn
Fever till you sizzle
What a lovely way to burn
What a lovely way to burn
What a lovely way to burn

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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Ah, a eterna insatisfação....

Eu ando num momento muito bom na minha vida. Tudo se encaixa bem, não tenho do que reclamar de fato. Exceto que... eu sempre arrumo algo bobo pra me incomodar. A bola da vez é doutorado – grana – futuro.

Precisava juntar uma grana porque com o doutorado vão aparecer congressos, viagens e projetos que eu terei que ir. Só que eu também precisava estudar inglês e fazer o ielts, e meu reumato disse que, pra diminuir meus remédios e continuar bem, eu PRECISO fazer uma atividade física regularmente.

Ou “seje”, eu preciso gastar dinheiro e guardar dinheiro, mas com o doutorado eu acabei saindo de alguns dos meus vários empregos pra ter tempo pra estudar, então menos grana, mesmos gastos, mais gastos pro doutorado.

Como faz, produção?


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domingo, 22 de janeiro de 2012

amigos?


- Acho que você considera mais pessoas amigas do que eu. Eu mesma só tenho 03 amigos.
- Como assim?
- Ah, pra mim amigo é alguém com quem você saí sempre, confia muito, conhece bem...”

Foi mais ou menos assim uma conversa que tive nessas férias. Isso me levou a pensar então, o que diabos faz um amigo? Não sei se é inocência da minha parte, mas pra mim, amigo é aquele com quem você se comunica com um olhar, um arquear de sobrancelha. Aquele de quem você lembra comprando frutas na quitanda, porque só ele gosta de anis estrelado, ou porque ele ou ela uma vez te contou uma história engraçada sobre aquele legume.  Alguém que riria da mesma piada que você, ou profere as mesmas  asneiras quando assiste aquela novela, ou fica tentado a comprar cada coisa que te lembra deles...

Sei lá, vai ver que eu super-estimo mesmo as pessoas e vou promovendo à amigo quem eu não devia. Mas não consigo pensar em nada pra classificá-los de forma diferente. Claro que tem dias que eles te dão no saco, que eles te decepicionam, se decepcionam com você.Vai ver que é porque eu sou de família italiana, onde brigas barulhentas desaparecem da sua memória num piscar de olhos e parece que nada aconteceu, mas amigo bom é aquele com quem você pode passar anos sem falar ou ver, e quando se encontram, parece que nada mudou.

Já disse antes que eu venho ano a ano me preparando pra ver cada vez menos meus amigos queridos. Comentei no chá de fraldas da Sabrina que daqui -3 anos será engraçado ser a única “avulsa” e sem filhos da galera, que eu vou destoar mais do que o usual. =/  C´est La vie...
Com isso, aos poucos esse dispositivo “parece que foi ontem” deverá ser cada vez mais ativado, sempre que eu aparecer nesses eventos. E que venham as festas de 15 anos.

Mas continuo sem saber se eu to colocando “amizade” na conta de quem não devia.

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terça-feira, 17 de janeiro de 2012

O ser feliz e o ser sozinho

Sempre que concordo, eu replico.
e dessa vez eu concordo "de com força"

PELO DIREITO DE SER FELIZ SOZINHO


“Fundamental é mesmo o amor. É impossível ser feliz sozinho.” E assim diz o mestre Tom Jobim numa das músicas mais conhecidas e cantadas da Bossa Nova brasileira. Eu até concordaria com o pensamento se não houvesse uma única palavra nele que me chamasse atenção para um detalhe maior. Por que é impossível ser feliz sozinho?



Hoje em dia se fala muito sobre relacionamentos e sobre as variações deles. Amor, sexo, paixões de uma noite só e livros de cabeceira contando histórias e mais histórias sobre isso tudo. Parece que a gente vive preso a um ciclo que se resume a nascer, estudar, trabalhar para poder ter recursos a fim de conseguir um casamento e constituir família. E assim roda o ciclo de uma visão mais tradicional (e um tanto antiquada) sobre a necessidade de relacionamentos estáveis na vida de alguém. A pressão da sociedade e o julgamento vêm na forma das perguntas dos familiares sobre as namoradinhas ou das amigas sobre o casamento depois de certa idade. A falta do status de algum tipo de relacionamento estável (principalmente o status de “casado”) se confunde com a falta de pleno sucesso na vida pessoal de alguém. Olhares de reprovação chegam de todas as direções e se escondem nos comentários velados de “coitada, ela é tão inteligente, mas não casou até hoje” e “ele é um partidão, mas deve ter algum problema porque ninguém o quer”. 
 
Mesmo no contexto em que estamos de uma nossa revolução sexual, a visão arcaica da necessidade de uma vida a dois para se obter sucesso ainda se apresenta muito forte. Mas a tendência é que, no futuro, mais pessoas se tornarão solteiras bem sucedidas. A dedicação e o objetivo da vida de muitas dessas pessoas vai ser a carreira, o lazer, a cultura e todas as coisas que puderem aproveitar. É lógico que isso não exclui a possibilidade de relacionamentos, mas esse não vai ser mais o tal do “objetivo de vida” de alguém. Muita gente convive melhor com a solidão do que com outra pessoa. Solidão não é um problema, não é uma falta, muito menos uma causa patológica. Essa solidão que falo aqui é opcional e ressalta outras prioridades que surgem para milhares de pessoas que estão felizes e gostam de levar a vida desse jeito.


Então, eu deixo aqui um manifesto. Que ela possa ficar para titia e fazer dos sobrinhos os filhos que ela optou por não ter. Que ele possa ser um solteiro convicto que se dedica ao trabalho e se sente realizado assim. Que as namoradinhas das festas de família não precisem mais existir e que companhia seja opcional pra qualquer um. Que ela possa ir à festa do trabalho sozinho e se divertir com outras pessoas como ela. Que os presidentes não precisem de primeira-dama e que seja comum ser admirado por estar bem consigo mesmo. Que cessem as más impressões de que alguém é depressivo ou incompleto por estar sozinho. E que, mais do que nunca, a felicidade possa ser a única companhia necessária a alguém que optou por ela exclusivamente.


Daniel Oliveira
@danielbovolento

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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Encruei ...

EDITADO

Encruar : Fig. Azedar o ánimo de.
Empatar, adiar (negociação que estava correndo).

Acho que é isso, eu encruei. Não tenho mais saco pra saídas noturnas em lugares de gosto duvidoso, não tenho vontade de conhecer gente nova e fazer coisas divertidíssimas, não tenho mais paciência pra ter vida social.

Casa, trabalho, trabalho, casa e assim vai. Acho difícil porque uma vida resumida a isso não faz muito sentido, afinal de que adianta ter dinheiro se não vê razões para gastá-lo?

Enfim, pode ser só a TPM gritando, ou o ex-dente latejando, ou o fato que eu realmente encruei me incomodando

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p.s.: ah, as férias foram ótimas e o Pernambuco continua lindo

era mesmo só a TPM falando, hoje já estou ótima e tudo parece ótimo
que venha então 2012 e toda a loucura que ele promete



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