terça-feira, 30 de novembro de 2010

A eterna insatisfação de ser designer...

... ou seria de ser humano?


A vida não anda fácil pra ninguém, isso todo mundo sabe. E em algumas conversas que tenho tido com vários amigos designers pude perceber que, não importa o caminho tomado, a gente ta sempre pensando que fez a opção errada.

Eu me arrependo de ter emendado graduação-vida-acadêmica-mestrado e ter ficado fora do mercado um tempo. Me arrependo de ao tentar voltar pro mercado ter escolhido as pessoas erradas (erradas pq entendem a vida de um outro jeito que pra mim não funciona pq é mto fantasioso). Me arrependo de falar mais que a boca e no fim ter feito pouco

Daí um amigo comentou que não agüenta mais todo mundo falando pra ele não fazer mestrado pq o trabalho dele é muito bom e que onde ele trabalha é massa, mas não tem pra onde crescer.

Outra amiga, que por anos trabalho em uma mesma grande agência e já ta na segunda pós me falava de como achava mto melhor minha versão (onde até diretora de faculdade de design eu já fui e do mestrado, e das cidades que já trabalhei) do que a dela. Que se sentia presa, sem crescer

Outro amigo (esse não designer) sente que deu seus melhores anos em um trabalho bem a quem do talento deles, que se tivesse mudado pro Japão quatro anos antes teria sido muito mais feliz.

Tenho mais uma amiga que se sente presa a um sonho que aos poucos ela vê que não passa mesmo de um sonho de estúdio. E que as pessoas no fim estragam tudo mesmo

Fora uma outra, que pra mim sempre foi um exemplo de pessoa que vive bem o design, sempre com trabalhos bacanas pra eventos governamentais e que agora está terminando o mestrado que também se sente frustrada em alguns aspectos do design.

Enfim, parece que não importa o caminho que você siga, a maldita frustração vem. Porque eram tantos os caminhos a seguir e sempre nos parece ter escolhido o pior. E como ninguém tem bola de cristal, e Deus ri enquanto fazemos planos, a gente sempre se sente um coco e fica pensando que devia ter nascido rica, bonita e paulistana.
Ok, essa última parte só eu quem penso. Mas to começando a perceber q o problema não é só comigo ou bem comigo, é quase que uma coisa da nossa geração imediatista trabalhando em uma profissão tão volátil quanto Helium

1935

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

queria

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queria tanto passar o reveillon em algum lugar legal, cercada de amigos.
ou cercada de amigos
ou num lugar legal

e barato

e que não me desse muito trabalho

só!
bobagem, né?

1933

p.s.: e olha que eu nem mencionei que podia ter um príncipe encantado dando sopa também... tô numa vibe de querer pouco... hahahaha

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

dance with my salve

vontades..

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eu tenho umas vontades que as vezes não confesso nem pra mim...
Ando com vontade de escrever todas e queimar, naqueles ataques de bruxismo que eu tenho. Pra ver se algo realiza, sabe?
Afinal, o que adianta ter vontades e só?
querer que as coisas mudem tem que ter um rito de passagem.
pelo menos pra minha alma 1/4 celta...



1925

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

as vezes eu finjo que eu não ligo...

... pra poder ficar mais fácil




queria um dia poder ser "ela" da canção.
1923

uma coisa...

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Sabe quando você quer uma coisa, mas alguma coisa acontece e você não pode ter?
Ou você tem, mas não do jeito que você realmente queria e aí fica procurando jeitos diferentes de ver aquela tal coisa?
ou você fica procurando aquela coisa em coisas parecidas mas não acha?
ou quer tanto uma coisa que tem medo de perder quando ela conteça?

pois eh, eu ando assim...
não sei se é o lugar errado na hora certa ou hora certa no lugar errado
ou se é a coisa errada, pra dani errada, no dia errado...
só sei que alguma coisa não tá certa.

1922

terça-feira, 16 de novembro de 2010

auto-ajuda

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algumas amigas (né,Rafa? né,Nic?) usam livros de auto-ajuda em momentos difíceis. Eu uso músicas de auto-ajuda



Do you ever feel like a plastic bag
Drifting throught the wind
Wanting to start again

Do you ever feel, feel so paper thin
Like a house of cards
One blow from caving in

Do you ever feel already buried deep
Six feet under scream
But no one seems to hear a thing

Do you know that there's still a chance for you
Cause there's a spark in you

You just gotta ignite the light
And let it shine
Just own the night
Like the Fourth of July

Cause baby you're a firework
Come on show 'em what your worth
Make 'em go "Oh, oh, oh!"
As you shoot across the sky-y-y

Baby you're a firework
Come on let your colors burst
Make 'em go "Oh, oh, oh!"
You're gonna leave 'em fallin' down-own-own

You don't have to feel like a waste of space
You're original, cannot be replaced
If you only knew what the future holds
After a hurricane comes a rainbow

Maybe you're reason why all the doors are closed
So you could open one that leads you to the perfect road
Like a lightning bolt, your heart will blow
And when it's time, you'll know

You just gotta ignite the light
And let it shine
Just own the night
Like the Fourth of July

Cause baby you're a firework
Come on show 'em what your worth
Make 'em go "Oh, oh, oh!"
As you shoot across the sky-y-y

Baby you're a firework
Come on slet your colors burst
Make 'em go "Oh, oh, oh!"
You're gunna leave 'em fallin' down-own-own

Boom, boom, boom
Even brighter than the moon, moon, moon
It's always been inside of you, you, you
And now it's time to let it through

Cause baby you're a firework
Come on show 'em what your worth
Make 'em go "Oh, oh, oh!"
As you shoot across the sky-y-y

Baby you're a firework
Come on slet your colors burst
Make 'em go "Oh, oh, oh!"
You're gonna leave 'em goin "Oh, oh, oh!"

Boom, boom, boom
Even brighter than the moon, moon, moon
Boom, boom, boom
Even brighter than the moon, moon, moon

1900

segunda-feira, 15 de novembro de 2010




We are young
We are strong
We're not looking for where we belong

We're not cool
We are free
And we're running with blood on our knees


Mika

é nisso que eu preciso acreditar agora

1896

domingo, 14 de novembro de 2010

o melhor ano de nossas vidas

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Tava aqui pensando em qual teria sido "o melhor ano da minha vida”. Tenho por hábito esse tipo de fuga quando tudo começa a dar errado e eu preciso saber que em algum momento deu certo, lembrar desse sentimento e me segurar de novo.

Comecei achando que o grande campeão deve ter sido 2003. Parece que naquele ano nada poderia me convencer de que nem tudo ia dar certo. Era meu primeiro ano como professora da FAV, as turmas eram ótimas (intelectualmente e pessoalmente falando), eu não me sentia ameaçando nem sendo ameaçada por ninguém. Fiz minha primeira grande produção de responsa coordenando o Cuca no congresso da Une, saia todas as noites praticamente e pasmem, sem carro. Tinhamos a Terça tem canja e o N de BH que rendem histórias hilárias até hoje e como recém formada em design eu conseguia acreditar piamente que eu viveria feliz fazendo aquilo que eu escolhi. Termina com minha aprovação no mestrado e eu acreditando que mais dia menos dia seria docente numa universidade federal... Parecia que tudo ia dar certo...

Mas aí eu me lembrei de 1998 quando eu tava terminando edificações no Cefet. Embora o primeiro semestre tenha sido meio conturbado, o segundo foi tão atribulado e tão cheio de coisas que me deixavam completa e feliz que me parecia tão confortável voltar pra ele. Eu acreditava que podia ser bailarina, acreditava que era muito inteligente e que sendo honesta nada podia me segurar. Passava horas ensaiando e passando por uma dor excruciante, mas prazerosa na mesma proporção, começava a ser picada pelo bichinho da produção e prestava vestibular pra federal. 1º lugar, bradaria meu pai por uns bons meses pra todos os vizinhos e parentes... Ali também parecia que tudo ia dar certo

1º lugar no vestibular, 1º lugar no mestrado, professorinha substituta prodígio, diretora de faculdade de design aos 26, escritório montado aos 27...

É, por um lampejo de segundo eu cheguei a pensar em 2008 quando entrei pra sociedade design no centopéia... Mas aí me toquei que essa felicidade só durou de maio (quando entrei) a setembro, 07 de setembro dia do aniversário de 01 ano do centopéia. Ali eu acreditei que tudo ia dar certo... Mas logo passou

Depois veio esse ano, durante todo o primeiro semestre eu fui levada a acreditar que tudo ia dar certo... Tudo indicava pra isso até quando parecia estar dando errado. Até gostar de Brasília eu estava gostando... Pensem no progresso... Quando abro a guardar e me disponho a chamar Brasília de lar, kabummmmm...

Bom, continuo achando que 2003 tá ganhando, mas não me importaria de juntar todas essas sensações num pacote só e de alguma maneira, mágica, xamânica, extraterrestre, espiritual, whatever
conseguir acreditar, pelo menos por 5 minutos, que realmente tudo ainda pode dar certo...

Porque não ta fácil, não...

1890

aos amigos queridos...

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pessoas que estão sempre por aí querendo me ajudar, muito obrigada por existirem...
Queria muito agradecer a todos as tentativas de me animar, as idéias do que eu devo ou possa fazer agora. Eu vou entrar numa ostrinha agora porque tô realmente muito mal com tudo que tenho passado. Então não se sintam menos amados se eu demorar pra compartilhar alguma coisa, ou pedir uma ajuda pra um e não pra outro...
Eu tô bem caquética ultimamente. então se eu precisar de ajudar eu vou acabar pedindo.
A ùnica coisa que eu quero agora (além de uma piscina de rivotril, é claro) é ficar em paz, sem ter q repetir a mesma história over and over and over again.

espero que todo mundo entenda

um bjo
e até quando eu estiver em pé de novo

1890

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

eu ia..

... ia escrever aqui um monte de coisas


mas aí pensei:
pra que?
pra quem?
vai resolver alguma coisa?

então vou me calar por um tempo.
os amigos sabem onde me encontrar

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Eu nunca fui no show do AC/DC
Eu nunca fuino show da bjork
Eu nunca fui no show do Green Day
Eu nunca fui no show dos Stones
Eu nunca fui no show da Madonna
Eu nunca fui no show do Aerosmith
Eu nunca atravessei o Atlântico
Eu nunca comi comida tailandesa
E eu nunca tive nada, absolutamente nada
fácil na minha vida depois dos 20 anos.

Já era hora dessa maré de bordoada passar não? Não que tudo seja eternamente uma tempestade, mas eu queria muito ter pelo menos uns 3 anos de calmaria, poder construir algo na minha vida que não se esfacele bem na minha frente por causa de coisas que eu nem sei dizer.... Eu não quero ser diferente pra ter essa calmaria, mas eu preciso muito tirar férias de mim e ser, sei lá, outra pessoa... Uma pessoa onde as coisas sejam tranqüilas na maior parte do tempo.

Não quero ninguém me julgando, me ensinando como eu devia fazer as coisa porque já foi... Eu não sei ser egoísta (e não tô dizendo que isso é uma coisa ruim. Inclusive acho q perdi um amigo por isso essa semana, pq falei q queria ser egoísta como ele) Não sei não contar pras pessoas o que eu to fazendo, não sei guardar nada só pra mim. Será que é isso que eu tenho que aprender?

O jeito é enxugar o rosto e começar tudo de novo... E parar de ser assim tão inteligentemente burra.

1872

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

uma vida de quases...

... é assim que eu me sinto.


quase ficou, quase foi, quase passou, quase amou, quase ganhou...
Preciso urgentemente fazer uma lista das coisas na minha vida que não são quases pois estou a ponto de enlouquecer...

a pior sensação é a de "Puta merda, vc deve ser a pessoa inteligente mais burra da face da terra" já que os todos os quases sempre sãoculpa minha, do meu jeito, de quem eu sou, das escolhas que eu faço.

e pra variar, o que eu não sei dizer, eu me aproprio

NOTA: Há certa confusão quanto à autoria deste texto. Coloquei, a contragosto, Luís F. Veríssimo como autor, apesar de não ver seu estilo no texto. Encontrei em fontes um pouco mais confiáveis algo que citava a atribuição do texto à Sarah Westphal (seja lá quem ela for, parece mais plausível do que a autoria de Veríssimo, enfim, o que importa é a mensagem). Segue.

Ainda pior que a convicção do não,
e a incerteza do talvez,
é a desilusão de um quase.

É o quase que me incomoda,
que me entristece, que me mata trazendo
tudo que poderia ter sido e não foi.
Quem quase passou ainda estuda,
quem quase morreu ainda está vivo,
quem quase amou não amou.

Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos,
nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca
sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.

Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna;
ou melhor, não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor,
está estampada na distância e frieza dos sorrisos,
na frouxidão dos abraços,
na indiferença dos “Bom Dia” quase que sussurrados.

Sobra covardia e falta coragem até para ser feliz.

A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, mas não são.

Se a virtude estivesse mesmo no meio termo,
o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma,
apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.

Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência, porém, preferir a derrota prévia à duvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.

Pros erros há perdão; pros fracassos, chance;
pros amores impossíveis, tempo.
De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma.
Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.
Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que sonhando,
fazendo que planejando, vivendo que esperando
porque embora quem quase morre está vivo,
quem quase vive já morreu



quase 1860

resumindo meu estado de espírito




roubado do blog da nana, mais uma das minhas des-orientandas


1855