sábado, 31 de julho de 2010

musica que hoje..

.. não me saiu da cabeça.




p.s.: não delira que não é recado, please
1493

desce...

.

Desci pra buscar uma coisa no carro e encontrei no elevador uma vizinha, seu filho de uns 8 anos com um cãozinho no colo, enrolado numa toalha, e o menino aos prantos. Pelo que entendi bateram a porta na pata do Totó e quebrou ou cortou, sei lá. A toalha tava meio ensangüentada. Sei que em 2 minutos dentro do elevador a mãe do guri deve ter esculhambado ele umas 30 vezes dizendo que fosse homem e não chorasse por uma bobagem dessas.

Tá, eu não sou mãe, mas me parecia tão mais fácil pegar o guri no colo e dizer: “preciso que você pare de chorar pra eu poder cuidar do (coloque aqui o nome do cãozinho). Sei que você está com muito medo, mas vai ter que guardar isso mais um pouco. Posso contar com você?”

Sei também que com essa cena acabei me lembrando como nossos discursos em geral são contraditórios. Vivemos pregando pras pessoas serem elas mesmas, mas na primeira demonstração de fragilidade ou carência, puff, já mandamos segurar a onda. Gente, mas aquele ser frágil ali não seria o “ela mesma”? Vivemos pregando sinceridade e execrando a mentira mas basta eu dizer que fulana tá horrenda com aquela blusa (normalmente diretamente pra fulana) pra ser taxada de monstra – pária – da – sociedade. Não tô entrando no mérito aqui de que pra tudo deve prevalecer o bom senso e blábláblá, mas sim questionando como pode uma criança, ao crescer, saber como agir se os adultos vivem mandando mensagens cifradas.

Sei lá, pode ser só coisa de uma pessoa que não tem filhos e que não sabe se o garoto não é um psicopata que tortura o cãozinho, mas ali no elevador e lembrando de várias coisas que já vi na vida, me parece que a gente tem que ser a gente mesmo, desde que esse a “gente mesmo” não seja frágil, nem carente, nem feio e nem porco.
1492

quinta-feira, 29 de julho de 2010

meu novo mantra...

... pq se dizer atrai, "regarde mói, je suis plus beau de cartier..."
=D




1485

p.s.: eu sei que a música é no masculino, mas eu quero é a essência.
sobe autoestima, sobe.
hahaha
=p

segunda-feira, 26 de julho de 2010

400 km de uma boa conversa

... ou Andando pelas terras de lá.

Semana passada eu e Vivis - uma das minhas melhores colegas de mestrado, mesmo sendo de outra turma – fomos convidadas para ser banca de um concurso público lá na facul que eu já fui diretora e onde nós duas demos aulas por um tempo. Pra variar confundiram dias e horários e a ida foi meio na correria. Cheguei de Brasília as 9 da noite de segunda e já tava na estrada de novo as seis da manhã de terça. Confesso que estava achando divertido a volta que o mundo deu e também tava louca pra ver os amigos de lá.

Pras tais bancas eu me encontrava meio que em uma posição delicada. Acontece que dos 6 candidatos eu conhecia 5. Três eram ex-alunas que eu adoro, uma ex-sócia e mais uma que, bem, não ia mto com a minha cara pq eu insistia em mostrar as falhas da condução que ela dava pro curso depois que a coloquei no meu lugar. Bom, o grande lance é que avaliar as pessoas com quem você já tem uma história sempre deixa uma impressão ruim independente do resultado. Você corre o risco de que as pessoas comecem a achar que tais histórias influenciaram sua avaliação e que elas não parem pra ver os méritos e os deméritos de suas ações ali naquele processo. Você só vai avaliar aquilo ali que te apresentam. Isso não é nada fácil nem divertido, ainda mais quando o resultado da sua avaliação vai mexer com a vida dessas pessoas. Decisões do tipo “continua no emprego?”

Por sorte foi muito tranqüilo e a banca, que além de vivis e eu contava com uma terceira professora que não conhecia ninguém, sempre compartilhava da mesma opinião depois de cada avaliação. O resultado saiu hoje com duas reprovações. Um saco, mas não dava pra ser diferente. Ter razão nessas horas não é lá muito reconfortante.
Não deu tempo de ver muita gente pq, como eu disse, era uma correria sem fim, mas foram algumas boas horas botando a fofoca em dia e percebendo que nós duas, vivis e eu, simplesmente morremos de preguiça.

Sabe preguiça de academicismo? Preguiça de gente – como a gente – que faz um trabalho apenas ok mas conta como se tivesse criado o re-design da roda. Preguiça de neguinho que acha o máximo do luxo ter mestrado (o que pra gente é só um requisito básico se você vai inventar de ser pesquisador e/ou professor), de galera que vive de publicar artigo até em reunião de condomínio. Conversando a gente viu que das duas uma, ou a gente é de uma modéstia compulsiva ou o povo não tem um pingo de simancol.

Foram 03 horas da viagem de volta falando da preguiça que temos desse mundico que estamos inseridos e vendo que pra gente, dá igual. Ainda não sei mesmo se o problema é nossa falta de confete pras coisas ou se é o exagero de confete alheio, mas eu sei que por mais que o mundo gire, parece que no fim a razão era mesmo a nossa.

1466

domingo, 18 de julho de 2010

Hoje acordei com saudades de viajar com os amigos, de rir das roubadas, de conseguir dizer tudo num simples arquear de sobrancelhas

Acordei com saudades de me empanturrar de rufles na estrada, de sorvete no clube, de pipoca doce do pipoqueiro na porta do teatro

Sinto saudades de estar no palco, de estar no backstage, de estar com quem estava no palco e de rir muito do que não sai de trás das cortinas

Senti saudades do cheiro de pizza da escarola que escapava a cada vez que a porta era aberta e nos pegava na calçada, meio azuis de fome

Senti saudades de rolar na grama do Vaca Brava de tanto rir do que se passava envolta mesmo sem entender agora, o que era tão hilário assim

Senti saudade dos papos nas escadas, do Gustav Ritter, da Escola Técnica (que agora é IFG mas que pra gente sempre vai ser ETFGo) e do "bueiro" do lado de fora da FAV. Fav e IFG mudaram, árvores foram derrubadas, bancos mudaram de lugar, novas cores. Ainda bem que pelo menos o Ritter, tomabado como é, vai ficar do mesmo jeito, sempre que a gente quiser assistir uma reprise

Sinto saudade de fugir da aula do mestrado pra ir ao cinema ver filme ruim, de passar a tarde no DCE, de correr pro ensaio sem tempo nem pra colocar os tic tacs no cabelo

Sinto saudade das viagens pro Ndesign, cada uma delas, mesmo com as roubadas e as aporrinhações o saldo no fim, sempre me parecia positivo. Passar horas presa num ônibus cruzando o país de costa a costa não me parece assim tão divertido no mundo real quanto parece na minha memória

Sinto saudades de dançar até o dono do lugar resolver nos tirar de lá, de dançar na chuva que me pegou a caminho do ensaio, de dançar no supermercado vazio só pra não perder a música

Saudades de ver o dia amanhecer na rua seja em Goiânia, em salvador ou em São Paulo. Sou uma pessoa mais de entardeceres do que de amanheceres, mas mesmo assim me dá uma vontade louca de simplesmente esperar o que está por vir

Amanhã é dia de voltar para aquela terra de céu lindo, irritantemente estonteante e por tantas vezes tão distantes, um lugar que já me faz sentir saudades também (mas só um pouquinho pq insisto em pensar que é logo ali)

Mas chega de saudades por hoje, porque desse tanto um pouco eu consegui matar entre risadas no café e encontros inesperados pela rua. E se a idéia é seguir o instinto de continuar andando, não dá pra não sentir saudades.

1442


o som do dia, again...




1440

quarta-feira, 14 de julho de 2010

pintar ou não pintar, eis a questão




estou novamente louca pra voltar a ser ruiva. Acontece quemeu cabelo sempre teve algo de anti-natural, fosse o corte, fosse a cor (em alguns meses cores) fosse tudo junto. Mas a mais de 1 ano ele vem ficando na cor natural e maior do que de costume. Ele tá tão fora do padrão normal de comprimento que sempre que venho a Goiânia e encontro a galera a frase "quanto cabelo" surge.

Depois de ouvir milhões de opiniões hoje a tarde vou ali só hidratar e cortar um pouco, mas a tinta vermelha tá ali comprada e guardada esperando eu dar a louca.

e aí? opiniões?
1421

n's da vida...

... ou eu sempre querendo estar onde não estou.


Curitiba, 5ºc e eu louca pra estar lá. Todo ano que não vou é a mesma coisa. Fico aqui vendo a "cobertura" de quem foi. Antes era mais difícil, mas agora com twitter e smarthphones aos montes a cada hora chega uma notícias e muitas fotos.
Será que eu vou fazer 50 anos e ainda estarei nessa vibe? Estaria eu condenada a continuar querendo ser estudante de design que dorme em barraca morrendo de frio e ainda acha divertido?

fazer o que, se o bichinho do design me picou e eu já nasci contaminada pelo vírus dos eventos.

1421

trilha da semana...

... assisti " the runaways" este fim de semana e gostei bastante. me deu vontade de ficar a semana inteira ouvindo rock garageiro pra desintoxicar.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

só pra constar...

.

como acontece em todo ano que eu não vou ao Ndesign eu fico o dia todo lendo atualizações do twitter e vendo as fotos da galera no flickr.
e sempre achando que tô perdendo uma grande diversão


1415

segunda-feira, 5 de julho de 2010

não fui eu, foi meu eu lírico

.

Eu escrevo coisas que me vem à cabeça. Às vezes coisas reais, às vezes coisas inventadas, às vezes coisas ouvidas, mas muitas vezes coisas imaginadas. É tanto que eu mesma me perco entre o que aconteceu e o que deveria, ou podia, ter acontecido.

Ando escrevendo muito ultimamente, mas é só pq a idéia me vem e eu não quero desperdiçar, não quer dizer (necessariamente) que é comigo cada história dessas que eu escrevo em primeira pessoa. Tenho obsessão por escrever em primeira pessoa, até minha dissertação do mestrado foi assim. Faço isso porque acredito que o EU assume todas as culpas e permite todas as falhas. Tanto as reais quanto as imaginadas.

Já disse mais de uma vez que queria ter a vida roteirizada e estrelada pela Drew Barrymore. Não é bem o caso e de “quases” o meu mundo vem se fazendo. Mas é tanto quase, que um leva ao outro e eu decidi tentar parar de decidir pra onde a minha vida vai. Tem dias que eu só quero que ela me leve como um samba-canção antigo ou uma boa música dos anos 40, que toca ao fundo com o galã toma a mocinha nos braços.

Hoje eu não me importaria de ser a mocinha.



p.s.: pretendo continuar não te dizendo quando a história é fato, boato ou desejo. Nem se o “eu’ é meu o emprestado


1392

domingo, 4 de julho de 2010

... está digitando uma mensagem

.
Nessa minha vida de “quases” muita coisa semi-acontece e acaba me deixando ansiosa e paranóica, além de boba e esperançosa, claro. E uma delas é justamente a mensagem nos programas de troca de mensagem instantânea (vulgo MSN e gtalk) deixam ”xxx está digitando uma mensagem”.

Sabe por que? Porque eu fico ansiosa esperando o que virá, imaginando uma declaração fantástica ou a tão esperada deixa que faltava. Mas o mais frustrante é quanto o ”está digitando uma mensagem” se transforma em “digitou um texto” e depois vira o nada.

Meu lado ”como eu queria que acontecesse” insiste em imaginar que ele ia digitar alguma coisa gigante, pensou melhor e desistiu só porque não acredita. E aí eu fico com uma vontade enlouquecida de gritar: Acredita, garoto!

Já meu lado ”hello, se toca” insiste em dizer que não tem nada disso e que ele so esqueceu o cursor ali enquanto via outra coisa e nesse momento só estava pensando “onde coloquei mesmo a chave do carro?” Ou “Será que minha mãe já desceu?”

E essa batalha é sem fim, porque independente de quem ganhe, eu continuo em casa, seja porque ele não acredita e logo não diz, ou se porque eu é quem tenho medo de acreditar e também não digo. E o tic-tac do relógio só diminuindo o tempo pra agir.

Francamente, guria.. cresce ou desencanta..
Até desencanto, mas não por hoje
=]

1382