segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Ah, a eterna insatisfação....

Eu ando num momento muito bom na minha vida. Tudo se encaixa bem, não tenho do que reclamar de fato. Exceto que... eu sempre arrumo algo bobo pra me incomodar. A bola da vez é doutorado – grana – futuro.

Precisava juntar uma grana porque com o doutorado vão aparecer congressos, viagens e projetos que eu terei que ir. Só que eu também precisava estudar inglês e fazer o ielts, e meu reumato disse que, pra diminuir meus remédios e continuar bem, eu PRECISO fazer uma atividade física regularmente.

Ou “seje”, eu preciso gastar dinheiro e guardar dinheiro, mas com o doutorado eu acabei saindo de alguns dos meus vários empregos pra ter tempo pra estudar, então menos grana, mesmos gastos, mais gastos pro doutorado.

Como faz, produção?


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domingo, 22 de janeiro de 2012

amigos?


- Acho que você considera mais pessoas amigas do que eu. Eu mesma só tenho 03 amigos.
- Como assim?
- Ah, pra mim amigo é alguém com quem você saí sempre, confia muito, conhece bem...”

Foi mais ou menos assim uma conversa que tive nessas férias. Isso me levou a pensar então, o que diabos faz um amigo? Não sei se é inocência da minha parte, mas pra mim, amigo é aquele com quem você se comunica com um olhar, um arquear de sobrancelha. Aquele de quem você lembra comprando frutas na quitanda, porque só ele gosta de anis estrelado, ou porque ele ou ela uma vez te contou uma história engraçada sobre aquele legume.  Alguém que riria da mesma piada que você, ou profere as mesmas  asneiras quando assiste aquela novela, ou fica tentado a comprar cada coisa que te lembra deles...

Sei lá, vai ver que eu super-estimo mesmo as pessoas e vou promovendo à amigo quem eu não devia. Mas não consigo pensar em nada pra classificá-los de forma diferente. Claro que tem dias que eles te dão no saco, que eles te decepicionam, se decepcionam com você.Vai ver que é porque eu sou de família italiana, onde brigas barulhentas desaparecem da sua memória num piscar de olhos e parece que nada aconteceu, mas amigo bom é aquele com quem você pode passar anos sem falar ou ver, e quando se encontram, parece que nada mudou.

Já disse antes que eu venho ano a ano me preparando pra ver cada vez menos meus amigos queridos. Comentei no chá de fraldas da Sabrina que daqui -3 anos será engraçado ser a única “avulsa” e sem filhos da galera, que eu vou destoar mais do que o usual. =/  C´est La vie...
Com isso, aos poucos esse dispositivo “parece que foi ontem” deverá ser cada vez mais ativado, sempre que eu aparecer nesses eventos. E que venham as festas de 15 anos.

Mas continuo sem saber se eu to colocando “amizade” na conta de quem não devia.

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terça-feira, 17 de janeiro de 2012

O ser feliz e o ser sozinho

Sempre que concordo, eu replico.
e dessa vez eu concordo "de com força"

PELO DIREITO DE SER FELIZ SOZINHO


“Fundamental é mesmo o amor. É impossível ser feliz sozinho.” E assim diz o mestre Tom Jobim numa das músicas mais conhecidas e cantadas da Bossa Nova brasileira. Eu até concordaria com o pensamento se não houvesse uma única palavra nele que me chamasse atenção para um detalhe maior. Por que é impossível ser feliz sozinho?



Hoje em dia se fala muito sobre relacionamentos e sobre as variações deles. Amor, sexo, paixões de uma noite só e livros de cabeceira contando histórias e mais histórias sobre isso tudo. Parece que a gente vive preso a um ciclo que se resume a nascer, estudar, trabalhar para poder ter recursos a fim de conseguir um casamento e constituir família. E assim roda o ciclo de uma visão mais tradicional (e um tanto antiquada) sobre a necessidade de relacionamentos estáveis na vida de alguém. A pressão da sociedade e o julgamento vêm na forma das perguntas dos familiares sobre as namoradinhas ou das amigas sobre o casamento depois de certa idade. A falta do status de algum tipo de relacionamento estável (principalmente o status de “casado”) se confunde com a falta de pleno sucesso na vida pessoal de alguém. Olhares de reprovação chegam de todas as direções e se escondem nos comentários velados de “coitada, ela é tão inteligente, mas não casou até hoje” e “ele é um partidão, mas deve ter algum problema porque ninguém o quer”. 
 
Mesmo no contexto em que estamos de uma nossa revolução sexual, a visão arcaica da necessidade de uma vida a dois para se obter sucesso ainda se apresenta muito forte. Mas a tendência é que, no futuro, mais pessoas se tornarão solteiras bem sucedidas. A dedicação e o objetivo da vida de muitas dessas pessoas vai ser a carreira, o lazer, a cultura e todas as coisas que puderem aproveitar. É lógico que isso não exclui a possibilidade de relacionamentos, mas esse não vai ser mais o tal do “objetivo de vida” de alguém. Muita gente convive melhor com a solidão do que com outra pessoa. Solidão não é um problema, não é uma falta, muito menos uma causa patológica. Essa solidão que falo aqui é opcional e ressalta outras prioridades que surgem para milhares de pessoas que estão felizes e gostam de levar a vida desse jeito.


Então, eu deixo aqui um manifesto. Que ela possa ficar para titia e fazer dos sobrinhos os filhos que ela optou por não ter. Que ele possa ser um solteiro convicto que se dedica ao trabalho e se sente realizado assim. Que as namoradinhas das festas de família não precisem mais existir e que companhia seja opcional pra qualquer um. Que ela possa ir à festa do trabalho sozinho e se divertir com outras pessoas como ela. Que os presidentes não precisem de primeira-dama e que seja comum ser admirado por estar bem consigo mesmo. Que cessem as más impressões de que alguém é depressivo ou incompleto por estar sozinho. E que, mais do que nunca, a felicidade possa ser a única companhia necessária a alguém que optou por ela exclusivamente.


Daniel Oliveira
@danielbovolento

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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Encruei ...

EDITADO

Encruar : Fig. Azedar o ánimo de.
Empatar, adiar (negociação que estava correndo).

Acho que é isso, eu encruei. Não tenho mais saco pra saídas noturnas em lugares de gosto duvidoso, não tenho vontade de conhecer gente nova e fazer coisas divertidíssimas, não tenho mais paciência pra ter vida social.

Casa, trabalho, trabalho, casa e assim vai. Acho difícil porque uma vida resumida a isso não faz muito sentido, afinal de que adianta ter dinheiro se não vê razões para gastá-lo?

Enfim, pode ser só a TPM gritando, ou o ex-dente latejando, ou o fato que eu realmente encruei me incomodando

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p.s.: ah, as férias foram ótimas e o Pernambuco continua lindo

era mesmo só a TPM falando, hoje já estou ótima e tudo parece ótimo
que venha então 2012 e toda a loucura que ele promete



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