sábado, 26 de maio de 2012

E passou...

Hoje fazem 2 semanas que o turbilhão passou.
Minha avó se foi em pleno dia das mães.
Eu poderia falar dela ou de como todo o sofrimento dela acabou, mas mesmo 2 semanas depois, só consigo pensar em quão estranho foi ver meu pai estremecer.
Tão frágil, tão trêmulo que só conseguia perguntar onde a minha mãe estava depois que o telefone tocou com a notícia.
As vezes a gente subestima a importância que uma mãe tem, ou um pai. Esse deve ser um momento que ninguém gosta de lembrar, de sentir, de viver.
Foi estranho, foi difícil, mas aos poucos as coisas vão voltando pro seu lugar.


Desmanchamos o quarto dela e trouxemos as coisas do meu escritório pra cá.
As coisas dela ainda estão aos poucos sendo separadas: o que vai, o que fica, o que não serve pra ninguém.
A ficha cai aos pouquinhos, uma coisa de cada vez, cada tempo a seu tempo.


Como diria Guimarães Rosa, dona avó ficou encantada. "Porque a gente não morre, fica encantado!"
A morte, talvez o maior sentido de nossa vida, é mestra e niveladora das coisas reais e importantes para todos nós. O idoso, por sua proximidade, tem o privilégio e a oportunidade de aprender e nos ensinar os verdadeiros sentidos de nossas vidas!



“Já não preciso de rir.
Os dedos longos do medo
largaram minha fronte.
E as vagas do sofrimento me arrastaram
para o centro do remoinho da grande força,
que agora flui, feroz, dentro e fora de mim…
Já não tenho medo de escalar os cimos
onde o ar limpo e fino pesa para fora,
e nem deixar escorrer a força de dos meus músculos,
e deitar-me na lama, o pensamento opiado…
Deixo que o inevitável dance, ao meu redor,
a dança das espadas de todos os momentos.
e deveria rir , se me retasse o riso,
das tormentas que poupam as furnas da minha alma,
dos desastres que erraram o alvo do meu corpo…”
João Guimarães Rosa

2945

sábado, 12 de maio de 2012

glee...

... pra passar a dor de cabeça hoje, resolvi assistir glee.
e foi muito engraçado ver um irmão cantando pro outro essa música.
não vou dizer que não pensei exatamente nessa coisa (uma coisa de sis-to-sis) com essa música.

mas como a letras diz...
"somebody that I used to know..."



2920

domingo, 6 de maio de 2012

sr. principe encantado,

se o senhor foi ao bananada, peço desculpas pelo bolo.
definitivamente não tenho energias pra me montar e ir bananar

grata pela compreensão,
nos vemos em breve

att
me

2913

quinta-feira, 3 de maio de 2012

o tal "doutor"...



escrito durante uma aula do doutorado, me deparando com a discrepância geral da imagem que eu tinha do que deveria ser um doutor e a realidade que me inclui...

Quando eu era criança e planejava a minha vida acadêmica (sim, eu fazia isso e sim, tá tudo dentro do cronograma) eu imaginava um doutor idealizado. Inteligente, culto, falando e lendo várias línguas, com idéias inovadoras, esse doutor da minha imaginação pueril assustadoramente não tem muito de mim nesse momento doutoranda.

De novo te confrontam com a sua mediocridade e com o fato de que essa "coosa"  doutor-cientista non-excziste. E é muito triste, pq eu fico aqui colocando na balança concurso-doutorado no exterior; congressos - roupas novas; livro- cabeleireiro. Parece que, pra ser a doutora que eu sempre quis, eu preciso de muito mais tempo e o mesmo dinheiro, de preferência mais dinheiro também.

Frustrante...

Quero antes dos 40 ter morado "no estrangeiro", escrito um livro e feito as unhas toda semana por mais de 6 meses seguidos.

Fico na dúvida se a pergunta é ”será que consigo?” ou ”será que preciso?”
difícil, né?

2908