Tava pensando outro dia...

... em como a gente projeta nas pessoas expectativas irreais.

Faz uns 03 dias, sonhei com um amigão da época de escola que eu não vejo a um tempão. E me toquei que na verdade eu tava sonhando com uma lembrança já que eu não faço idéia de como ele tá hoje (perdemos o contato).
Aí parei pra pensar como a gente vive fazendo isso. Lidamos muito mais com a lembrança, a imagem que fazemos das pessoas, do que com a pessoa em si. Como já construímos uma figura na cabeça e no coração e por vezes, mesmo com a pessoa ali na porta ao lado, não nos damos ao trabalho de atualizar essa imagem. E continuamos lidando com uma “foto” desbotada.
Eu tenho um outro grande amigo que, se eu fosse parar pra analisar a fundo, não é nada confiável pros parâmetros normais de temperatura e pressão. Ele tá do lado dele, faz o que é melhor pra ele e pronto. Eu adoro ele e acho que nunca me decepcionei pq me propus a espera dele o que ele pode me dar. Não fico projetando a lealdade da maneira que eu vivencio (segundo o Ed eu tenho uma lealdade digna de um São Bernardo que morre congelado com o dono mesmo podendo correr). Aí a amizade flui... sem decepções;
Com ele foi fácil pq eu já havia sacado que projetar nas pessoas verdades suas era roubada, então começamos assim, eu já identificava o que não era igual a mim e me propunha a aceitar.
Com os amigos mais antigos foi um trabalho de adaptação. E como toda adaptação tem estrias que as vezes emperram, mas eu acho q tenho melhorado.
Agora pra melhorar de vez basta eu saber não me envolver com aquilo que não me compete. Ainda compro brigas alheias, sobretudo se acredito que beneficiam mais gente do que a norma vigente. Mas a norma vigente acaba ganhando no final e eu me lasco. (cada vez menos é preciso dizer) Mas ainda vou conseguir não me envolver... tipo oração do AA “Aceitar o que eu não posso mudar, mudar as coisas que posso e serenidade e sabedoria pra saber qual é qual”
Ondas filosóficas que vem e vão...

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