sábado, 9 de outubro de 2010

Esse é um não texto...

... que eu não estou escrevendo


Há uns bons 10 dias estou na expectativa de uma questão que eu espero poder contar em breve. Fico querendo escrever aqui mas não querendo. Sempre no bom e velho esquema de que “quem realmente precisa estar por dentro dos meus dilemas está” (o que prova que essa minha tal vida on line não tem toda a importância que o celular eternamente a tira colo faz parecer e tanta gente acredita piamente)

Só sei que esse não escrever (e algumas conversas que eu tive essa semana) me fez pensar muito em todas as não-conversas que eu tenho. Por sorte do destino (já que segundo dizem não é esse um dos efeitos da minha personalidade) tenho muitos amigos – no sentindo mais literal da palavra – e muitos amigos de longa data. Coisa de criança, de adolescente, de faculdade, de mestrado. Amigos herdados, amigos construídos, amigos naturais...

São pessoas com quem eu tenho muitas não-conversas.

Explico: tem coisas que não precisam ser ditas e simplesmente são entendidas. Um arquear de sobrancelhas, uma palavra bem colocada, um acordo mudo que se faz depois de se chegar a um pacto de vontades também não verbalizado.

Tem conversas que não precisamos ter porque elas são ouvidas de outros jeitos que não pelo bom e velho sistema auditivo. Pra novos amigos (ou talvez amigos não tão “naturais” como alguns outros onde a amizade chega a parecer algo simples como respirar, que vc faz sem ver) ainda não seja possível não falar pra se sentir entendidos. Prefiro acreditar que com o tempo eles vão ver que mesmo sem verbalizar ta tudo entendido e a gente vai passar a ter mais ”não –conversas” do que longos diálogos.

Até porque as melhores coisas nem precisam ser ditas, palavra por palavra né não?

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