Eu gosto de escrever, gosto de
escrever o que sinto, gosto de manter por perto quem eu gosto e esse “quem eu
gosto” nunca será uma conta fechada. Geralmente eu amplio o número de pessoas
que eu gosto, dificilmente alguém migra de um grupo pro outro dentro dos meus
afetos. Acontece que ultimamente eu ando me entristecendo com o comportamento
de gente que “mudou de caixinha”
Poxa, todo mundo tem o direito de não
gostar mais de ser meu amigo, da minha companhia, pode parar de achar graça das
minhas bobagens. Isso é saudável, tudo tem um prazo de validade e fidelidade,
aquela lealdade de filmes sobre amizade, não é prerrogativa de todos, só dos
eternos (e esse eu tenho um tanto bom, viu?). Agora o que não pode é o dedo na
ferida, a implicância gratuita, a piada velada. Isso eu reservo pros que desde
sempre ficaram na caixinha do “não gosto, logo não existe”. Se a criatura não
te quer por perto, também não fale de você, não tente envenenar relações. Assim,
além de te mudar de caixinha, você me obriga a alimentar um misto de rancor e pena
que eu não quero que cresça. Só que sentimento ruim é igual musgo, poucas gotas
e muita umidade são suficientes para que ele se alastre. Não queira isso de
mim.
E eu tenho um puta anjo da guarda,
isso é público e notório, além de histórico. Por mais que me taxem disso e
daquilo, eu sempre tenho gente nova na minha vida que refresca minhas certezas
mesmo que abalando as danadas vez por outra. Coloquei isso no face outro dia e
ganhou altos níveis de popularidade:
”tem gente que requenta amigo perdido, eu faço novos e requento os eternos”
E em conta que cresce
exponencialmente, o erro não pode estar comigo. E se estiver, me deixe aqui
quietinha errando com as minhas bobagens e vá cuidar da sua vidinha, dos seus
problemas, dos seus amigos... esses últimos a gente pode até dividir, não exijo
nada além de respeito. Só, assim simplinho mesmo.
2959
Nenhum comentário:
Postar um comentário